Acho que vocês repararam, mas quando falo mata, é mata mesmo. Trabalho no Parque dos Poderes, onde ficam as secretarias que cordenam todo o Estado. E como é um lugar pouco afastado do centro da cidade, o Parque é rodeado por uma reserva florestal. Bom, voltamos ao sonho.
Acordo meio tonta e com uma dor imensa nas costas. Há pessoas em volta de mim, a cama tem lençóis brancos meio sujos, o quarto é escuro, as paredes sujas de terra. A senhora está com uma injeção na mão, as outras pessoas são homens. Um ao lado dela, parecia sério e fechado. Outro na frente da cama, parecia bêbado e me olhava como se fosse a última mulher do mundo. No outro lado da cama, havia o último, segurando meu braço direito, e parecia que não ia soltar nem se alguém aparecesse atirando em todo mundo. Eu estava com roupas diferentes, minhas coisas haviam sumido, e mal conseguia me levantar.
- É melhor eu aplicar logo essa injeção em você ou as coisas vão piorar. - Falava aquilo como se fosse médica ou tivesse feito isso inúmeras vezes. Enquanto isso, o cara do meu lado, apertava mais forte meu braço. Tentei me levantar e foi um fracasso. O lado esquerdo da minha cintura até quase o peito estavam roxas, como se tivesse quebrado algum osso ou tivesse levado uma picada.
- Vocês não vão aplicar isso aí em mim não!. - Minha voz era de alguém fraca e deseperada.
- Aqui você não tem escolha. - O homem ao lado dela resolveu se manifestar, tinha uma voz grossa e firme.
- Vocês podem vendê-la pra mim se quiserem, pago o preço que for. - A voz daquele bêbado me dava ânsia e o seu olhar me dava medo.
- Ela vai ficar aqui. - O homem ao lado da senhora parecia alguém importante ali, tinha firmeza no olhar, era ele que mandava. Todos se calaram, inclusive eu.
- Chamem uma das meninas para passar a pomada no lugar da injeção, ela já ficou muito tempo desacordada. - Mandou todos saírem, parou na porta e virou pra mim. A menina passou por ele e veio até mim, deu um sorriso amarelo e levantou até a metade minha blusa, pegou alguns algodões que estavam na cama ao lado e começou a passar a pomada. Depois de um longo minuto pra nós, ele se foi.
Ficamos ali no silêncio durante alguns minutos, logo que terminou foi embora, já me sentia melhor, mas decidi ficar ali, mal sabia o que me esperava lá fora.
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Bom pra começar queria dizer que ninguém vive sem um amigo.Sabe aquele amigo, pra todas as horas como: momentos tristes que você precisa do ...
Aguardando cenas dos próximos capítulos. O que há do lado de fora?...rsrsrsrs
ResponderExcluirGostei do texto!
BjOooooo
........
http://mulherdojaleco.blogspot.com
Oii ;') o especiial ficou pronto!
ResponderExcluirda uma passada lá. SZ
http://incriveissonhos.blogspot.com/