quinta-feira, 19 de setembro de 2013
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Se alguém dissesse que tudo tem seu tempo certo, eu diria não no exato momento. Brigaria, jogaria aos quatro ventos que tudo isso é bobagem, e que a gente escolhe o nosso andar. Mas ninguém disse. E agora, tenho a mais plena certeza de que nossos passos são contados a dedo. Que nosso rosto se vira no segundo certo. E que se, duas pessoas se encontram no momento errado, as coisas saem totalmente diferentes. Mas tudo acontece como deve.
sábado, 7 de setembro de 2013
Encantos.
Foi então que ela o viu. Em um dia qualquer, em uma rua qualquer. Foi então que eles se entreolharam. Por longos segundos que se repetiam sem querer. Foi então que aquilo a paralisou. Por minutos ele foi a atenção de sua vida e por minutos ela foi a dele. Até que eles foram embora. Até que cada um foi pro seu destino. Até então separados por meses. E foi aí que se reencontraram. Almas perdidas em um mundo sem sentido.
domingo, 1 de setembro de 2013
A Biblioteca. - Parte 3
Ela queria poder ser lembrar daquele sorriso pro resto de sua vida. Lá estava ele, a esperando na frente do parque com um maço de flores na mão. Não se lembra de saber qual flor era, mas eram vermelhas e pequenas. O sorriso era o mais doce possível. Como o da criança que espera por algo há muito tempo, misturado com um ar sexy de brincadeira.
- Oi, tudo bem?
- Tudo ótimo e você? Ah, espero que goste. - Entregou as flores.
- São lindas. - Eram suas primeiras flores, e sua primeira reação foi levá-las ao nariz. Perfumadas.
- Hoje quero te levar em um lugar diferente, aceita? - Pegando a mão dela e entrelaçando seus dedos. O gesto a fez corar. Ele não tinha a intenção de soltar.
- Aceito. - Com um sorriso tímido, o único que conseguia expressar.
Ele a levou pra andar em uma avenida antiga da cidade, onde a primavera cobria os ipês com flores, e depois a um café. A cada assunto diferente, ela podia ver, ele era diferente da maioria dos caras da faculdade. Daqueles que procuram apenas um romance barato de uma semana. Ele falava extremamente bem, o que a encantava. A tarde passou voando, e ao chegar no ponto de ônibus, sentiu uma pontada de tristeza pela despedida.
- Eu não queria deixá-la aqui agora.
- E eu não queria que me deixasse, mas, outro dia a gente se vê.
- Sim, se cuida.
Quando se virou, ele a puxou com uma das mãos e com a outra trouxe delicadamente sua cabeça a se juntar na dele. Foi aí que a beijou. Um beijo doce e com vontade, onde segurou sua cabeça o bastante para prolongar o beijo. Aquilo a extasiou. Tanto que a vontade de repeti-lo voltou em seus sonhos. Talvez foram as flores em sua cabeceira.
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