terça-feira, 29 de novembro de 2011

Era o que me faltava.


A gente nunca sabe do que precisa, mas quando ganha, entende. Foi bom eu não ter sabido que precisava de você, se não eu não teria ganho. A verdade é que, depois de todas as coisas que me aconteceram, você me fez esquecer todas elas. Isso foi bom, é bom. O que me faltava era tua calma, o modo como você deixa as coisas alegres, o modo de como minha pele responde ao seu toque. Você. Você era o que me faltava.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Flamboyant. - Parte 11


Não conhecia a letra, tinha dúvidas de que flor que era e não tinha a mínima ideia de quem teria mandado.
- Foi só essa frase que achou?
- Só Laryssa.
- Mais nada?
- Nadinha.
- Ah amiga, cuidado com isso.
- Por quê? Não é nada de mais.
- Mas você não sabe de quem é, e isso não é muito confiável.
- E a flor? Sabe qual é?
- Olha pri, me parece uma flor de flamboyant, mas tem em todos os lugares da cidade, o que fica mais difícil pra você.
- É.
Pensamento duplo...
- Com quem deixou sua bolsa na última vez?
- Ah lary, acho que isso não vai adiantar, minha bolsa sempre fica jogada pelos cantos do curso e na escola então...
- Nossa Priscyla, vai te catar, não tem como saber, amigos no curso, na escola, na internet... Quase impossível.
- Tava esquecendo os da internet..- É interrompida.
- Nem vem com história de Leonardo, ele mora longe demais!
- Não tava pensando nele...
- Ah sei sei ! Tem o Sávio, ele mora do outro lado da cidade, lembra que você me falou dele ?!
- Amiga, faz um tempinho que não falo com ele.
- Mas pelo jeito que você me conta dele, parece interessante...
- Não sei não. Olha, vamos fazer o seguinte, vamos esperar pra ver se vem outro envelope ou sei lá, vai ver a pessoa resolve aparecer pessoalmente, e além do mais, é só um elogio, mais nada.
O silêncio contagia, ficam paradas ali por muito tempo sem falar nada, só contemplando a amizade antiga e desgastada.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Flamboyant. - Parte 10


Desculpe-me pelo fato de fazer o tempo passar tão rápido, mas para entender tudo o que se passa agora, foi preciso.
O dias se passaram rápido, quando parou pra pensar, já estava no final do ano. Só faltava física para o quarto bimestre e ficou sabendo que já havia passado. Mais uma mudança. Teria que voltar pra casa dos pais. Seu descanso acabou, suas conversas com Leonardo também. Mas era melhor parar enquanto tinha tempo, sabe, pras coisas não se aprofundarem. Arrumando o quarto, as roupas, tirando as fotos da porta, pegando a bolsa.
- Epa, isso daqui não é meu.
Um envelope leve e cheio no fundo da bolsa.
- Nada impede de uma olhada né. - Pequeno detalhe de ser curiosa ao extremo.
Rasga a lateral. Um papel, uma flor.
"Você é linda, não se esqueça disso"

Sem nome, sem endereço.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Flamboyant. - Parte 09



Ela o perdoou. Louca? Qualquer um que esteja realmente apaixonado perdoaria. Ele só era uma parte da vida dela. Mais nada, pensava. Só queria que tudo ficasse bem como antes. Mas geralmente, na segunda vez costumamos ficar espertos, ou não. O tempo passou, ela aprendeu a não ser necessitada desse amor como antes. Agora fazendo curso a tarde, não tinha tanto tempo pra ele, se focou em outras coisas. Imaginou possibilidades. Voltou a ler, agora com mais frequência. Mais ainda amava. Era um amar diferente, leve, com coisas boas. Estava mais solta, mais lasciva. E foi isso que a mudou.

sábado, 5 de novembro de 2011

Oi gente ! Então, o post Flamboyant. - Parte 08 não tava querendo abrir pra comentários, mas agora tá tudo certo viu ?! O blogger tá cada dia mais doido.
Beijos

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Flamboyant. - Parte 08


Ninguém percebeu o tempo passar. Ninguém percebeu que ali havia uma mentira. Apesar de mostrarem um amor intenso, a facilidade com que ia pra frente, as brigas sempre eram pelo mesmo motivo, ciúme dele por ela. Parace que sempre tinha um pretexto pra ficarem brigados, como se o desejo fosse esse. Até que um dia, em uma dessas conversas, tudo se esclareceu.
(...)
- Sabe eu preciso te contar uma coisa muito importante.
- Então conta Leonardo.
- Eu não sei como fazer isso ;x
- É só começar do início, simples.
- Lembra de logo depois que nós nos conhecemos?
- Lembro sim.
- Eu não sentia nada por você. Eu não queria brincar com seus sentimentos. Eu juro. Não ligava pra nada do que você falava, eu falava por falar. Fiquei com outras garotas enquanto você estava aí gostando de mim. Pra mim era fácil, eu já fiz isso. Mas depois, depois tudo mudou.
- ;x
Aquilo era muito mais forte do que um soco no estômago, do que uma pontada no peito, era tudo acontecendo junto, rápido demais.
- Eu te amo. E te peço perdão. Por tudo que fiz pelas costas, você nunca mereceu aquilo. Mas eu to falando mais sério do que nunca, eu te amo, muito, mais do que eu posso imaginar.
- A gente namora pela internet Leonardo, isso é o mínimo que pode acontecer.
- Para com isso Priscyla, por favor, eu to pedindo perdão.
- É tão fácil pra você falar tudo isso pra mim como se não houvesse problema nenhum né.
- Não é, mas eu quero te provar que não quero mentir pra você.
- Já mediu o tamanho da mentira que acabou de me contar? Já parou pra pensar alguma vez, como eu reagiria?
- Já, mas eu só to pedindo teu perdão, eu me arrependi muito.
Ela prometera não chorar, mas foi sacanagem demais do coração fazer aquilo com ela. Ainda mais dele, por quê? Ela o ama tanto que não disse não, apenas não disse nada. Mas suas lágrimas disseram a noite inteira.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Flamboyant. - Parte 07


Aquilo tudo parecia não ser real, e ao mesmo só o que faltava era o toque. Nada, nada impede que uma pessoa ame, não importa o jeito, o tempo, a idade, a distância... De longe ela sabia, nunca tinha sentido aquilo. Borboletas no estômago. O sorriso dele era incrível, já que conseguia fazer o dela se abrir com tanta facilidade. Os olhos dele, apesar de serem mais escuros do que os dela, eram de uma beleza não vista. Só porque não estavam ali em carne e osso, não quer dizer que não tenham arranjado outras formas de se ver. Era moreno, enquanto ela era quase transparente. Risos. Adorava essa comparação. Sem exageros, ela podia senti-lo de alguma forma.